Atualizado em setembro 15th, 2024
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recentemente uma lista atualizada de vírus e bactérias que têm alto potencial para causar pandemias. Essa lista, composta por 27 patógenos, inclui micro-organismos que exigem atenção redobrada por parte da comunidade científica e médica.
O objetivo da atualização
A atualização dessa lista de patógenos é um esforço da OMS para preparar o mundo para futuras pandemias. Durante a Cúpula Global de Preparação para Pandemias 2024, realizada no Rio de Janeiro, a organização apresentou um relatório que detalha as ameaças representadas por esses vírus e bactérias. O foco principal é a criação de conhecimento e ferramentas que possam ser rapidamente adaptadas para enfrentar novas pandemias.
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Além disso, a OMS está investindo em pesquisa para entender melhor como esses patógenos se comportam, como são transmitidos e como o sistema imunológico humano reage a eles. Esse esforço é crucial para que a comunidade científica esteja sempre um passo à frente na preparação para possíveis pandemias.
Principais vírus e bactérias da lista
Entre os patógenos que aparecem na lista atualizada, estão os responsáveis por doenças como dengue, zika, chikungunya e até mesmo a varíola dos macacos (mpox). Esses micro-organismos representam uma ameaça significativa, especialmente em regiões onde as condições sanitárias são precárias.
A lista inclui também patógenos como o vírus da gripe, que já causou pandemias no passado, como a gripe suína. Outros vírus, como o Nipah e o vírus da febre de Lassa, também são motivo de preocupação devido à sua alta taxa de mortalidade.
Tabela de patógenos com alto risco de pandemias
Abaixo, apresentamos uma tabela com a lista completa de patógenos identificados pela OMS como tendo alto risco de causar pandemias. Essa tabela é um recurso valioso para entender melhor quais são os principais micro-organismos que a comunidade científica deve monitorar e estudar com atenção.
Nome do Patógeno | Doença Associada |
---|---|
Mammarenavirus lassaense | Febre de Lassa |
Vibrio cholerae | Cólera |
Yersinia pestis | Peste negra ou peste bubônica |
Shigella dysenteriae sorotipo 1 | Sigelose |
Salmonella entericasorovares non typhoidal serovars | Salmonelose não tifoide |
Klebsiella pneumoniae | Pneumonia |
Subgênero Merbecovirus | Vírus respiratório do Oriente Médio |
Subgênero Sarbecovírus | Síndrome respiratória aguda grave |
Orthoebolavirus zairense | Ebola |
Orthomarburgvirus marburgense | Marburg |
Orthoebolavirus sudanense | Ebola |
Orthoflavivirus zikaense | Zika |
Orthoflavivirus denguei | Dengue |
Orthoflavivirus flavi | Febre amarela |
Orthohantavirus sinnombreense | Febre hemorrágica das Américas |
Orthohantavirus hantanense | Febre hemorrágica |
Orthonairovirus haemorrhagiae | Febre hemorrágica da Crimean-Congo |
Alphainfluenzavirus Influenzae H1, H2, H3, H5, H6, H7 e H10 | Gripe comum, gripe aviária e gripe suína |
Henipavirus nipahense | Nipah |
Bandavirus dabieense | Febre Grave com Síndrome de Trombocitopenia |
Enterovirus coxsackiepol | Doença mão-pé-boca |
Orthopoxvirus variola | Varíola |
Orthopoxvirus monkeypox | Mpox ou varíola dos macacos |
Lentivirus humimdef1 | Relacionado a doenças neurológicas e imunossupressoras |
Alphavirus chikungunya | Chikungunya |
Alphavirus venezuelan | Encefalite equina venezuelana |
Pathogen X | Patógeno X |
A importância da vigilância
Manter uma vigilância constante sobre esses patógenos é fundamental para evitar futuras pandemias. A OMS está coordenando esforços para que a pesquisa seja colaborativa e global, envolvendo cientistas de diversos países. Esse consórcio global busca garantir que a preparação para pandemias seja eficaz e que todos os países tenham acesso às ferramentas necessárias para combater essas ameaças.
A comunidade médica e científica deve continuar focada na investigação desses patógenos, desenvolvendo vacinas, tratamentos e métodos de diagnóstico eficazes. A preparação para pandemias é uma questão de sobrevivência, e a atualização dessa lista pela OMS é um passo essencial nesse processo.
A OMS está determinada a preparar o mundo para enfrentar futuras pandemias. O esforço global para monitorar e estudar esses patógenos é vital para garantir que a humanidade esteja pronta para combater qualquer nova ameaça que surja.