Atualizado em setembro 17th, 2024
Recentemente, um relatório da Polícia Federal (PF) trouxe à tona novas informações sobre o caso das joias de Bolsonaro. O desvio de joias que pode ter sido utilizado para custear as despesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua família durante sua estadia nos Estados Unidos. O documento sugere que as joias, desviadas do acervo público brasileiro, foram vendidas de forma ilícita e os proventos, após atos de lavagem de dinheiro, retornaram ao patrimônio de Bolsonaro, sendo possivelmente utilizados para cobrir despesas em dólar enquanto ele estava em solo norte-americano.
Investigação e indiciamento
A investigação da PF resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Além do ex-presidente, outras 11 pessoas foram indiciadas. Entre os envolvidos, destaca-se o general da reserva Mauro Lourena Cid. Segundo a PF, Cid teria recebido, em nome e benefício de Bolsonaro, pelo menos 25 mil dólares, repassados em espécie para o ex-presidente. Esta transferência teria sido feita para evitar os mecanismos de controle do sistema financeiro formal.
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PF corrige número de valor que teria sido desviado
Em um desenvolvimento recente, a PF admitiu um erro no valor inicialmente apontado como desviado. O documento protocolado em uma sexta-feira (5) indicava um desvio de R$ 25 milhões, mas a investigação ajustou este valor para R$ 6,8 milhões. Esta correção foi significativa e chamou a atenção de Bolsonaro, que se manifestou publicamente sobre o assunto.
Declaração de Bolsonaro sobre o Caso das Joias
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) retirar o sigilo sobre o inquérito, Jair Bolsonaro utilizou sua conta na plataforma X (antigo Twitter) para comentar o relatório da PF. Ele destacou o erro no valor supostamente desviado e sugeriu que mais correções poderiam ser necessárias. Bolsonaro escreveu:
“Aguardemos muitas outras correções. A última será aquela dizendo que todas as joias ‘desviadas’ estão na Caixa Econômica Federal, Acervo ou PF, inclusive as armas de fogo.”
Comentário do Mestre e Doutor em Direito do Estado pela PUC/SP no X: