Michel Barnier assume o cargo em meio a intensas consultas políticas, substituindo Gabriel Attal e encarregado de formar um governo de unidade
O presidente francês Emmanuel Macron nomeou Michel Barnier, ex-negociador da União Europeia para o Brexit, como o novo primeiro-ministro da França. Aos 73 anos, Barnier substitui Gabriel Attal, que foi o primeiro-ministro mais jovem da história do país. A nomeação ocorre após um longo período de consultas políticas e a necessidade de estabilizar o governo em uma Assembleia Nacional profundamente dividida.
Macron havia se reunido com candidatos da esquerda e da direita para escolher o novo primeiro-ministro na segunda-feira (2). Após mais de 50 dias de um governo provisório, o presidente Emmanuel Macron escolheu Michel Barnier como o novo primeiro-ministro da França. Aos 73 anos, Barnier, um político conservador com vasta experiência em cargos europeus, substitui Gabriel Attal, que com 34 anos era o mais jovem a ocupar o cargo.
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A nomeação de Michel Barnier como novo primeiro-ministro foi anunciada logo após uma reunião privada com Macron no Palácio do Eliseu, em meio a um cenário de intensas consultas e vetos de diferentes blocos políticos. A principal tarefa de Barnier será formar um governo de unidade, capaz de garantir a estabilidade política no país, algo crucial após as eleições legislativas que resultaram em uma Assembleia Nacional sem maioria clara.
Barnier traz consigo um extenso histórico político, tendo ocupado diversos cargos importantes, incluindo o de negociador-chefe da União Europeia para o Brexit, comissário europeu e ministro em várias ocasiões. Sua vasta experiência foi um dos fatores determinantes para sua escolha, especialmente em um momento em que a França precisa de uma liderança capaz de navegar pela fragmentação política no parlamento.
A nomeação de Barnier também gerou críticas, principalmente da esquerda e da extrema-direita. Marine Tondelier, secretária nacional do partido ecologista, acusou Macron de ceder à líder da extrema-direita, Marine Le Pen, após vetos a outros possíveis candidatos, como Xavier Bertrand. Segundo Tondelier, Le Pen teria influenciado as decisões de Macron, levando à escolha de Barnier.
O novo primeiro-ministro assume o cargo em um momento crucial para a França, onde será necessário construir consensos para garantir a governabilidade em meio à divisão política no país.