Mudança de última hora na segurança para Biden impede entrada da equipe de Lula, que abandona evento de Bill Clinton
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou sua participação em um evento organizado por Bill Clinton, em Nova York, devido a um impasse entre a segurança do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a equipe de Lula. A situação ocorreu após Biden decidir comparecer ao evento de última hora, exigindo uma reorganização das medidas de segurança que impediu a entrada da delegação brasileira.
O presidente Lula estava em Nova York para participar da 79ª Assembleia-Geral da ONU quando o incidente ocorreu. O evento, promovido pelo ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, foi interrompido por um desentendimento entre os seguranças do presidente americano Joe Biden e a equipe brasileira. O desentendimento surgiu porque Biden decidiu participar de surpresa, o que obrigou o Serviço Secreto a intensificar as medidas de segurança no local.
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Com as novas regras de segurança, a equipe de Lula foi barrada na entrada, o que criou uma situação desconfortável para a delegação brasileira. Embora o presidente Lula não estivesse diretamente envolvido no conflito, ele decidiu abandonar o evento diante da situação.
A visita de Lula a Nova York tem como foco sua participação na Assembleia-Geral da ONU, onde ele pretende abordar questões climáticas urgentes. O presidente brasileiro tem se mostrado cada vez mais preocupado com os impactos do aquecimento global no Brasil, que tem enfrentado recordes de queimadas e enchentes em 2024. O discurso de Lula na ONU promete ser mais incisivo, cobrando ações rápidas dos líderes mundiais sobre a agenda climática.
Durante sua participação na Cúpula do Futuro, evento anterior à Assembleia, Lula já havia dado uma prévia de seu discurso. Ele criticou a falta de ação em prol do meio ambiente e voltou a defender a reforma da ONU e de outras organizações multilaterais. Na ocasião, Lula destacou o risco de um fracasso global caso os líderes não tomem medidas drásticas para conter a crise climática.
Embora sua fala tenha sido forte, os líderes das principais potências mundiais – Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido – não estavam presentes no evento, o que frustrou parte das expectativas. Esses países resistem a mudanças estruturais na ONU, já que não querem ceder espaço em suas posições de poder.
Agora, com todos esses líderes presentes na Assembleia-Geral da ONU, Lula deve intensificar seu discurso e aproveitar a oportunidade para cobrar ações concretas e defender uma reforma das instituições multilaterais.