Atualizado em agosto 1st, 2024
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, anunciou na quarta-feira (31) que buscará a intervenção do Tribunal Penal Internacional para a prisão do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
“É hora de processar os principais responsáveis, incluindo Maduro… Maduro prometeu um banho de sangue. Ele cumpriu e continua cumprindo. Já são 17 mortos… Vamos avançar com o pedido de acusação, e todos que quiserem contribuir com informações sobre o caso são bem-vindos”, declarou Almagro.
“Maduro prometeu um banho de sangue, e estamos chocados ao ver que essa promessa está sendo cumprida. O que temos aqui é premeditação, traição, brutalidade, selvageria e superioridade de forças. É o momento de apresentar acusações e de a Justiça Criminal emitir um mandado de prisão”, concluiu ele.
Além disso, a situação política na Venezuela foi discutida nesta quarta-feira (31) durante uma sessão da OEA, onde se votou uma resolução exigindo que as autoridades venezuelanas divulgassem imediatamente as atas das eleições realizadas no domingo (28). No entanto, a proposta não obteve o apoio necessário para sua aprovação no Conselho Permanente da organização, uma vez que países como Brasil, Colômbia e México decidiram se abster de votar.
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A falta de consenso na OEA reflete as divisões regionais sobre como lidar com a crise na Venezuela, com alguns países optando por uma postura mais cautelosa em relação ao governo de Maduro. A oposição venezuelana e muitos observadores internacionais expressaram preocupações sobre a transparência e a legitimidade do processo eleitoral, aumentando a pressão sobre o governo venezuelano para que haja uma auditoria completa dos resultados.
Enquanto isso, o cenário de instabilidade e violência no país continua a se agravar, com relatos de repressão violenta contra manifestantes e dissidentes. A comunidade internacional segue acompanhando os desdobramentos, em busca de soluções pacíficas para a crise.