Foto: Pedro Gontijo/Agência Senado
Presidente do Senado participa de reunião no Planalto e destaca necessidade de fortalecimento de órgãos ambientais e mudanças legislativas para enfrentar a crise climática
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, participou de uma reunião no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (17), para discutir medidas de enfrentamento à crise climática no Brasil. Ele ressaltou a urgência de combater os incêndios que devastam o país, sugeriu o fortalecimento de órgãos ambientais e defendeu mudanças legislativas para equilibrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
O encontro, que ocorreu na tarde desta terça-feira (17), foi organizado para discutir medidas contra os incêndios florestais que atingem diversas regiões do Brasil e o agravamento da crise climática. Além de Pacheco e Lula, estiveram presentes o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ministros e outras autoridades.
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Durante a reunião, Pacheco pediu uma ação coordenada entre os Poderes para enfrentar a situação, sugerindo o fortalecimento de órgãos ambientais e a remuneração de populações que vivem em áreas florestais. Segundo ele, os incêndios florestais são resultado de ações criminosas e orquestradas, e o Congresso Nacional está alinhado com a necessidade de investigar e punir os responsáveis.
Pacheco afirmou que o momento é urgente e que a união nacional é essencial para conter as queimadas e reforçar a imagem do Brasil como uma nação comprometida com o desenvolvimento sustentável.
Mudanças na legislação
Além do combate imediato aos incêndios, Pacheco destacou a necessidade de discutir mudanças na legislação ambiental, mas alertou contra o risco de “populismo legislativo”. Para ele, é possível encontrar um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental, sem que o progresso em setores como agricultura, pecuária e mineração seja comprometido.
“É completamente possível compatibilizar o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental”, afirmou o presidente do Senado.
Ações do Governo
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também esteve presente no encontro e reforçou a gravidade da crise climática, destacando a necessidade de penas mais duras para incêndios ilegais. Marina elogiou as medidas já adotadas pelo governo, como o reforço no trabalho de inteligência e a liberação de verbas para o combate às queimadas. Em outra oportunidade, Marina Silva alertou sobre o problema climático e solicitou um marco regulatório.
Ainda durante a reunião, o governo anunciou a abertura de crédito de R$ 514 milhões para o combate aos incêndios. Além disso, o presidente Lula deve se reunir com governadores nos próximos dias para discutir ações em suas respectivas regiões, muitas das quais já estão há mais de 100 dias sem chuvas.
Os incêndios já devastaram mais de 11 milhões de hectares em 2023, sendo 5,5 milhões apenas no mês de agosto. Diante dessa situação crítica, o governo tem orientado a população a reportar focos de incêndios aos números de emergência.
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