Atualizado em julho 11th, 2024
Graças à coalizão da esquerda francesa, a previsão de vitória da extrema direita na França não se concretizou. Embora a esquerda tenha obtido essa reviravolta e vencido, ainda não conseguiu formar uma maioria.
A Nova Frente Popular (bloco da esquerda francesa) conquistou 182 assentos, enquanto a coalizão governista de centro obteve 168 assentos e a extrema direita alcançou 143 assentos.
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Após um primeiro turno histórico, os eleitores de 506 distritos franceses retornaram às urnas neste domingo (7) para escolher seus representantes no Parlamento. Contrariando as pesquisas, os resultados confirmam que o bloco de esquerda Nova Frente Popular se consolidou como a maior força no Parlamento. A extrema direita, liderada pelo Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen e Jordan Bardella, que havia tido bons resultados no primeiro turno, terminou apenas em terceiro lugar, ficando atrás também do bloco do presidente Emmanuel Macron, de centro-direita. Após os resultados iniciais, o primeiro-ministro Gabriel Attal, do bloco macronista, anunciou que deixará o cargo na segunda-feira.
O que pode acontecer agora?
A França, diferente do Brasil, tem um sistema semipresidencialista. O presidente é eleito diretamente, mas divide parte da responsabilidade com o primeiro-ministro, escolhido pelo Legislativo. Atualmente, o primeiro-ministro francês é Gabriel Attal, do mesmo partido de Macron. Para nomear alguém para o cargo de primeiro-ministro, é necessário que o partido ou a frente tenha pelo menos 289 deputados. Caso a direita vença as eleições deste domingo (7 de julho), a França entrará em um sistema conhecido como “coabitação”, onde o presidente de centro (Macron) governa junto com um primeiro-ministro de direita.